sábado, 10 de abril de 2010

Blog Nacional

A partir de hoje as matérias e notícias da JR do sul do Brasil serão postadas no blog nacional.
Segue o Link:

quarta-feira, 7 de abril de 2010

MAIS VAGAS PARA TODOS - DA CRECHE ATÉ A UNIVERSIDADE

Os jornais dizem que sobram vagas nas Universidades Públicas. Um curto estudo mostra a realidade do investimento e das vagas nas universidades.


Após o vestibular 2010, o primeiro organizado através do SISU (Sistema de Seleção Unificada), programa do Ministério da Educação (MEC) que pretendia “democratizar as oportunidades de acesso às vagas públicas de ensino superior”, segundo informa o site do MEC, podemos constatar que seus objetivos não foram alcançados. A razão é muito simples, o investimento na ampliação do ensino superior público foi insuficiente e praticamente não aumentou as vagas.

O verdadeiro problema persiste: existem muitos estudantes que já se formaram e estão aptos para estudar nas Universidades Públicas, mas enfrentam o problema de poucas vagas disponíveis. O próprio MEC confirma: “793,9 mil candidatos concorreram a 47,9 mil vagas em 51 instituições de ensino superior [público] em todo o país” (os dados não levam em conta algumas instituições públicas que não participaram do SISU, como a USP, Unicamp e algumas federais, que seguem proporções semelhantes).

A missão de “democratizar as oportunidades de acesso às vagas públicas” deixou 746.000 estudantes fora da universidade pública garantindo vagas para apenas 47.900 jovens, essa é a democracia no acesso oferecido pelo MEC!?

A demanda cresce mais que o número de vagas

No vestibular de 1997, a relação era de 7,4 candidatos inscritos por cada vaga oferecida. Em 2001 passa para 9,3 (dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP). Em 2010 chega ao espantoso índice de 16,5 estudantes concorrendo por cada vaga em uma instituição pública de ensino superior (dados do MEC).

É claro que no governo de FHC a Universidade Pública passou pelo pior momento de sua história, com sucateamento e de fato nenhuma nova universidade pública foi criada. O governo Lula, que foi eleito em 2002 para salvar a educação pública, é um governo indiscutivelmente muito melhor que o de FHC, mas não tem conseguido resolver minimamente a questão do funil, aumentando sempre a fatia de estudantes que não conseguem acesso às universidades públicas.

As políticas apresentadas como “democratização do acesso” apenas têm criado uma cortina de fumaça que esconde o real problema da necessidade de abrir mais vagas. Assim tem sido com o ‘Novo Enem’, o ‘SISU’, e também com o ‘ProUni’ e ‘FIES’, que ao fim, destinam milhões dos cofres públicos para o bolso dos empresários da educação, enquanto esse dinheiro poderia ser usado para aumentar as vagas nas universidades públicas.

O problema do acesso à Universidade vem desde o ensino básico

No último estudo do INEP sobre a geografia da educação brasileira (2001) constatou-se que do total de alunos que entram na primeira série do ensino fundamental, pouco mais de 40% conclui o ensino médio.

No ensino fundamental, de cada 100 alunos que ingressam, apenas 59 conseguem terminar, os outros 41 param de estudar antes de concluir este nível de ensino. Dos que chegam ao ensino médio, 26% não conseguem terminá-lo.

A universidade e o modelo de ensino excluem os filhos dos trabalhadores

Os filhos dos trabalhadores, por uma questão objetiva de logo cedo terem que ajudar com as despesas de casa fazem com que o jovem tenha que “ralar” para conseguir um “dinheirinho”, precisando trabalhar muitas vezes já na adolescência. Esse é o principal motivo da enorme evasão no ensino público básico.

Dividir os estudos com a precoce necessidade imposta de trabalhar e pagar contas, somado à precária estrutura do ensino público básico - sem atrativo nenhum (com a maioria das instituições muitas vezes completamente sucateada, sem as mínimas condições de ensino), sem Passe-Livre Estudantil (transporte gratuito para chegar à escola) - é a receita que o capitalismo criou para afastar os jovens filhos dos trabalhadores das escolas. Grande parte já fica enroscada no funil do ensino básico e médio e outra parte é barrada pelo funil do vestibular.

O resultado do Enem 2009 mostrou o sucateamento do ensino público básico: entre as 50 melhores escolas, 40 são particulares e somente dez são públicas, 9 delas são federais (públicas de alta excelência, que atendem essencialmente a classe média e são localizadas nos bairros centrais). Entre as 50 escolas com o pior desempenho no Enem, todas são públicas e se encontram nos bairros periféricos (Folha/Uol). Isso não é uma coincidência apenas, mas sim resultado de toda uma política que privilegia a parte mais rica da sociedade.

Os poucos jovens trabalhadores que conseguem chegar a uma universidade pública muitas vezes são impedidos de estudar pelo simples fato da maioria dos cursos serem oferecidos somente nos períodos diurnos, quando normalmente a maioria desses jovens está trabalhando.

Das 793,9 mil vagas oferecidas pelo SISU em 2010, apenas 17,4 mil corresponde aos cursos noturnos (site MEC), a maioria são cursos de licenciatura e praticamente nada dos cursos considerados “de ponta”. Das 51 instituições só algumas oferecem o curso de Direito, nesse período, e nenhuma oferece curso noturno de Medicina. Mesmo os que conseguem estudar encontram uma universidade com fraca política de assistência estudantil (alimentação, moradia e saúde), obrigando muitos a “largarem” o curso.

Como vemos está tudo organizadinho para que o filho do trabalhador não chegue à universidade.

Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação?

Verbas existem para transformar o ensino público em ensino de qualidade e construir mais universidades públicas, de modo a universalizar o acesso, garantindo vagas para todos. O problema é que esses recursos não estão indo para a educação.

Só em janeiro deste ano o governo já anunciou um superávit primário (reserva retirada dos gastos sociais para ser usado no pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 13,9 bilhões (OESP). Estima-se que, em 2009, o governo tenha gastado cerca de R$ 300 bilhões em ajuda aos empresários, com “políticas de combate à crise”, e mais R$ 230 bilhões de gastos com o pagamento de juros da dívida pública no ano passado. Estes são alguns exemplos de como o dinheiro do povo trabalhador é embolsado pelos capitalistas e especuladores, ao invés de serem usados para melhorar a educação pública.

A Esquerda Marxista que combate pelo rompimento do PT com a burguesia, entende como parte fundamental deste combate a luta para aumentar as vagas para todos no ensino público, com qualidade, desde as creches até a pós-graduação. Nenhum centavo deve ir para os capitalistas!


Fábio Ramirez, militante da Juventude Revolução.

Fonte: Esquerda Marxista

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Haiti e a “Missão de Paz” da ONU


Antes de colocarmos a ONU nesta reportagem, devemos conhecer o país chamado Haiti.
Localizado na América Central, este pequeno país faz fronteira com a República Dominicana e fica entre a ilha de Cuba e a Venezuela. O Haiti é a parte francesa da ilha, enquanto a República Dominicana é ex-colônia espanhola.

Historicamente, o Haiti possui um poço guerreiro, inclusive foi um dos primeiros países a se tornarem independentes em toda a América. Este fato ocorreu no momento em que o povo haitiano se mobilizou e venceu o exército enviado por Napoleão Bonaparte que na época dominava a França, metrópole do país latino-americano. Mas por que um povo tão batalhador necessitaria de uma intervenção estrangeira que supostamente seria uma força de paz? É a partir deste ponto que entra a ONU.

Por localizar-se entre dois países teoricamente socialistas (Cuba e Venezuela), o Haiti, serviria muito bem como uma base para os países capitalistas que teriam uma maior proximidade com a Cuba de Raul Castro e a Venezuela de Hugo Chávez. Mas há um problema: o povo. Como interferir em um outro país sem que haja a resistência popular? A resposta é simples, envie tropas armadas e equipamento militar para forçar o povo a acatar tudo o que for designado.

E o governo, não se manifestará? Jean Bertrand Aristide, presidente eleito pelo povo em 2000 foi raptado pelos EUA e hoje está exilado na África do Sul. Em seu lugar foi posto René Préval, mero fantoche dos EUA que faz tudo o que manda a cartilha do FMI (Fundo Monetário Internacional). Mesmo com todos esses problemas, o povo continua a manifestar revolta pelas ruas do país, principalmente na capital Porto Príncipe. E é por esse motivo que os haitianos sofrem represálias do exército enviado pela ONU.

Em resumo podemos dizer que a “missão de paz” da ONU serve no Haiti como uma Ditadura Militar Estrangeira que procura impedir um poço de lutar por seus direitos. Outro detalhe repugnante que os haitianos sofrem, é a exploração. As jornadas de trabalho muitas vezes ultrapassam 12 horas diárias e o salário em geral não passa de 120 dólares mensais. Empresas de capital americano, canadense e dominicano são as que mais exploram. O Brasil é o país que atualmente comanda as tropas da ONU no Haiti. Nosso país foi escolhido para chefiar a “missão de paz”, pois na época em que os primeiros soldados foram enviados, os EUA encontravam-se em duas guerras e sua imagem já estava muito gasta, então os países capitalistas buscaram, através do Brasil, que possui uma imagem limpa, o princípio para invadir o Haiti.

Como conclusão podemos dizer que o Haiti é um país miserável e vulnerável, como prova temos o terremoto ocorrido em janeiro, mas eles não são assim por própria culpa, a tal “ Missão de Paz” e a exploração das empresas estrangeiras são os motivos que assolam o povo haitiano, que embora arrasado por tropas violentas e desastres naturais continua na luta para construir uma nação livre e melhor.

Nicolas Marcos

Fonte: Grêmio do Médici

quinta-feira, 1 de abril de 2010

terça-feira, 30 de março de 2010

Estudantes Universitários com expressão

Spartacus, gladiador romano e líder da mais célebre revolta de escravos da Roma Antiga. Seus feitos vêm novamente inspirar os jovens, agora expresso no lançamento da 1º edição do jornal Spartacus, iniciativa dos militantes da Juventude Revolução da Esquerda Marxista, que pretende ser a vez e voz na luta universitária de Joinville.

Nesta edição o jornal, que é auto-financiado com a própria venda, traz matérias como “A hora de resgatar nossas entidades é agora”, pelo estudante da Univille, Tiago de Carvalho, referindo-se as entidades estudantis como os Centros Acadêmicos.

Com esse teor provocativo e ao mesmo tempo jovem, como a ilustração intitulada “Os Revoltados em: Parkour”, Spartacus quer organizar os estudantes, como os escravos em outra época, por suas reivindicações, que de acordo com Tiago de Carvalho “vão da luta por livros didáticos atualizados para contra o aumento das mensalidades até a melhora geral das condições de vida dos estudantes e trabalhadores!”.

Spartacus pode ser adquirido com os militantes da JR nas universidades. Caso você queira adquirir o seu exemplar da 1º edição envie e-mail solicitando para juventuderevolucaosc@gmail.com. A 2º edição de estará em circulação em abril. Entre em contato, adquira seu exemplar e organize-se você também.

Johannes Halter
Militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista em Joinville

sábado, 27 de março de 2010

Estudantes e trabalhadores se organizam contra o possível aumento da tarifa do ônibus em Joinville

COMITÊ DE LUTA DO TRANSPORTE COLETIVO

Na reunião de ontem(25/03), convocada pelo CENTRO DOS DIREITOS HUMANOS DE JOINVILLE (CDH) e a UNIÃO JOINVILENSE DA JUVENTUDE SECUNDARISTA (UJES), estiveram representadas cerca de 30 entidades estudantis, associações de moradores, sindicatos, vereadores e organizações interessadas na luta contra o aumento da tarifa de transporte coletivo.

Novamente a população de Joinville está sendo alertada da possibilidade de acontecer novo aumento no preço da passagem de ônibus que, ainda em abril, poderá passar de R$ 2,30 para R$ 2,60.

As entidades reunidas entenderam que isso é inaceitável, pois, além de se tratar de uma concessão pública de mais de 40 anos e inúmeras prorrogações ilegais que estão sendo contestadas na Justiça, traz um ônus insuportável para os trabalhadores e estudantes, usuários do transporte coletivo que não obtiveram esse percentual de reajuste em seus salários.

Na reunião, foi formado o COMITÊ DE LUTA DO TRANSPORTE COLETIVO que definiu estratégias de mobilização para barrar o aumento e realizar o debate sobre a qualidade do transporte coletivo urbano, a modalidade de exploração da concessão pública e a precariedade dos serviços prestados pelas empresas concessionárias, GIDION e TRANSTUSA, diante dos problemas enfrentados pelos usuários no cotidiano.

Não está afastada a possibilidade do COMITÊ, através das entidades que o compõem, proporem ação cível pública para barrar o aumento da tarifa, a exemplo do que já está acontecendo em Blumenau, com liminar concedida pela Justiça impedindo o reajustamento da tarifa.

Está sendo solicitada audiência com o prefeito CARLITO MERSS, com a máxima urgência, para que o COMITÊ possa apresentar suas reivindicações, dentre elas a garantia de não ser concedido nenhum aumento imediato e o apoio para a realização de um seminário sobre transporte coletivo em Joinville, que discuta amplamente o assunto.

Novas entidades estão sendo convidadas a compor o COMITÊ, que estará sendo formalizado na próxima semana com a divulgação de todas as entidades que o integram. O COMITÊ está em estado de mobilização permanente, maiores informações podem ser obtidas através do telefone: 47-3025-3447, no CDH.

sábado, 20 de março de 2010

Ocupação na USP

ESTUDANTES DA USP OCUPAM O ESPAÇO DA COORDENAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL POR MAIS VAGAS NA MORADIA ESTUDANTIL!

Os moradores do CRUSP (Conjunto Residencial da USP – moradia estudantil), em Assembléia realizada no final da noite desta quarta-feira, em função da COSEAS (Coordenadoria do Serviço de Assistência Social da USP) ter encerrado unilateralmente as negociações com a AMORCRUSP (Associação dos Moradores do CRUSP) que estavam em andamento, decidiram ocupar imediatamente a COSEAS até que sejam atendidas as demandas abaixo, mas especialmente:

1) Que todos os ingressantes que precisem e solicitaram moradia no Crusp, tenham esse direito assegurado;

2) O fim do serviço interno de informação que monitora a vida, o comportamento e, inclusive, as atividades políticas dos moradores¹

Prédio do CRUSP - moadia estudantil da USP

Veja nota aprovada na Assembléia Aqui!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ujes levanta bandeiras de luta em desfile de Joinville!


No dia 09 de março, aniversário da cidade de Joinville-SC, a União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes) participou de um desfile temático organizado para a população local.

A razão do evento era a comemoração do aniversário da cidade que tinha por tema: “Como gosto de você Joinville.”

Munidos de bandeiras e cartazes com os dizeres “Como gosto de você Joinville: com educação de qualidade para todos!”, “Por uma educação pública de qualidade” e “Passe-Livre Já!”, os estudantes mostraram o jovem de Joinville espera da sua cidade.

Com palavras de ordem como “Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o Movimento Estudantil!” e “União secundarista, é de luta e socialista!” a entidade estudantil foi recebida com muitos aplausos da população que assistia o desfile.


A solidariedade da população e dos jovens que participaram do ato demonstra que o Movimento Estudantil continua vivo e organizado, apesar de todo o esforço para sufocá-lo por parte de quem se beneficia com o caos da educação no país.

Como expressou o militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista e presidente da Ujes, Maico Paixão - “Estamos realizando este ato para demonstrarmos ao povo da cidade que estamos em luta (...) Nosso principal objetivo é a união cada vez maior dos estudantes!”.


A tarefa central da Ujes é a criação e organização de grêmios livres em várias escolas de Joinville para que os jovens se aglutinem em seus sindicatos no combate por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos e em todos os níveis.


Johannes Halter, militante da Juventude Revolução da Esquerda Marxista

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O que há no Haiti?

Nesse sábado (27/02), no Bom Jesus Ielusc, será realizada uma discussão sobre o que se passa e acontece noHaiti. Todos que possuem interesse em conhecer a história desse país e sua atual situação, estão convidados.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Universidade: Comunitárias ou públicas?

Zâmbia O. dos Santos

A Associação Catarinense de Fundações Educacionais (Acafe), um dos maiores sistemas de ensino do país, encontra-se atualmente em situação precária. Os DCEs acusam as instituições de má gestão, mercantilização do ensino superior e até mesmo de corrupção.

Os dirigentes do sistema Acafe defendem uma proposta de ensino superior de caráter público privado, isso significa que as instituições públicas comunitárias passariam a ter direito de cobrar mensalidades abusivas sob o pretexto de se enquadrar no aspecto empresarial exigido atualmente no “mercado educacional”.

As universidades comunitárias em Santa Catarina são compostas por fundações de ensino superior criadas na década de 1960 por meio das leis dos Poderes Públicos Estadual e Municipais. Essas instituições viriam a formar, em 1974, a Acafe. Dentre suas funções encontram-se: unir as instituições de ensino superior por elas mantidas; representar as entidades filiadas perante órgãos municipais, estaduais e federais; realizar intercâmbios; elaborar programas, projetos e atividades de interesse comum; realizar a avaliação do sistema de ensino superior no Estado de Santa Catarina; avaliar o sistema fundacional; gerenciar a qualidade do ensino no Estado – item esse cuja realização tem deixado a desejar; prestar serviços no campo da educação e elaboração de projetos; entre outros.

Seus fundamentos baseados no comunitarismo têm origem nas instituições religiosas européias. Sua concepção era para oferecer educação superior para leigos, que pagavam pelo ensino. No Brasil esse modelo teve influência no sistema educacional principalmente dos estados do sul, por causa da colonização.

Hoje, cerca de 70% dos estudantes de ensino superior de Santa Catarina cursam instituições do sistema Acafe. Aparentemente o comunitarismo é a solução para a educação superior no Brasil, mas, longe disso, é somente a solução mais cômoda. Com as instituições comunitárias o Estado alivia as pressões imediatas da falta de ensino superior; diminui os gastos públicos demandados pelas populações de baixa renda, que passam a ser assessoradas pelas instituições comunitárias como parte de seu papel; diminui os recursos destinados à educação, já que as comunitárias são sustentadas em quase toda sua plenitude pelas mensalidades cobradas dos acadêmicos, cerca de 80%.

O ensino nas mãos de oligarquias, como as que constituem o sistema Acafe, decorre na mercantilização da educação, sucateamento do ensino, expansão do ensino com condições precárias, inexistência de transparência na prestação de contas das instituições fundacionais à comunidade, mecanismos de escolha de dirigentes e composição de colegiados que distorcem a vontade e a opinião da comunidade acadêmica, além da marginalização dos DCEs e outros órgão de luta dos estudantes.

Nos últimos tempos, os defensores desse sistema têm levantado bandeiras como: “pública de direito privado”, “pública não estatal” e outras disparidades que servem somente para sugar dinheiro do Estado e alimentar um sistema defasado. O correto é que esses recursos sejam investidos na ampliação de vagas e estrutura das universidades públicas gratuitas.

Sob esses argumentos, e baseados no fato de que o sistema Acafe é constituído por um patrimônio do povo catarinense, construído com dinheiro público, defendemos a FEDERALIZAÇÃO de todas as Instituições de Ensino Superior (IESs) e universidades componentes da Acafe.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Manifesto do Partido Comunista

Autor: Karl Marx e Friedrich Engels:
Escrito:1848;
Publicado:1848;
Nota: Publicado pela primeira vez em 21 de Fevereiro de 1848, é históricamente um dos tratados políticos de maior influência mundial.

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Formato do documento: Microsoft Office Word



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

HAITI: TERREMOTO DESMASCARA 'MISSÃO DE PAZ' DA ONU

Caio Dezorzi


Situação de calamidade após desastre natural revela para todo o mundo que a Missão da ONU, já há 5 anos e meio no Haiti, não tem resolvido problema algum, senão garantido a perpetuação de um sistema de exploração e miséria de todo um povo.

Todos ficamos chocados com as notícias e imagens que chegam do Haiti desde o dia 12/01, quando um forte terremoto destruiu a capital e várias cidades do país. As agências de notícia internacionais já falam em 70 mil corpos queimados e enterrados em valas comuns. Alguns analistas falam em cifras de 100 mil mortos, outros 200 mil e há os que falam em 500 mil mortos. Cerca de 3 milhões de haitianos estão desabrigados neste momento, um terço do país!

Também chegam notícias de que “aumenta a violência”. Repórteres relatam que a população sobrevivente faminta e sedenta começa a saquear estabelecimentos comerciais em busca de comida.

Os focos de violência nas ruas do Haiti, embora sejam casos isolados, são um problema de segurança que dificulta as tarefas humanitárias no Haiti, afirmaram hoje dois funcionários do alto escalão do Governo dos Estados Unidos. Tanto o tenente-general do Exército americano e subcomandante do Comando Sul, P.K. Keen, como o administrador da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Rajiv Shah, fizeram essa advertência em diversos programas dominicais da televisão americana. "Há casos isolados, mas nos preocupam e teremos que fazer frente a esse problema. Temos que estabelecer um ambiente seguro para poder ter sucesso com nossa missão de assistência humanitária", disse Keen, que coordena as atividades das Forças Armadas dos EUA nos trabalhos de resgate e reconstrução, à "CNN". (EFE, 17/01/2010)

Mas, por que uma semana depois do terremoto os haitianos sobreviventes estão sendo levados a saquear armazéns em busca de comida se a imprensa fala em congestionamentos no Aeroporto de Porto Príncipe com cargas de comida, remédios e água que chegam de todos os cantos do mundo para as vítimas do terremoto? A verdade é que a ajuda que chega, em grande parte, não está sendo distribuída aos desabrigados!

Muitos desabrigados se queixam que não receberam nenhuma assistência, apesar do aeroporto de Porto Príncipe receber verdadeiros engarrafamentos de aviões com cargas com mantimentos e remédios. (...) "Só sei que em três dias comi um prato de arroz que recebi de uma vizinha", contou Bobien Ebristout, que está em um barraco feito com quatro lonas em uma colina empoeirada de Peguyville, onde o cheiro de excrementos toma todos os ambientes. (EFE, 17/01/2010)

As agências de ajuda internacionais, contudo, alertam que muitos haitianos desabrigados ou feridos estão morrendo enquanto as equipes tentam superar o caos na organização da distribuição da ajuda. Alguns deles, afirma o jornal britânico ‘The Guardian’, criticam o controle excessivo dos americanos como parte do problema. A ONG ‘Médicos Sem Fronteiras’ diz que a confusão sobre quem comanda os esforços - os americanos ou a ONU - está atrapalhando a entrega de suprimentos de primeira necessidade a milhares de pessoas. "A coordenação não existe ou não está funcionando até este momento", disse ao jornal Benoit Leduc, gerente de operação da ONG em Porto Príncipe. (Folha de SP, 19/01/2010)

A grande quantidade de ajuda que chega ao Haiti demonstra que os povos de todo o mundo são solidários. Isso desmonta os argumentos daqueles que buscam atribuir à “natureza humana” a causa das injustiças e desigualdades por todo o mundo. A humanidade está pronta para a solidariedade, para a cooperação. O obstáculo é o sistema da competição entre os indivíduos, o sistema da propriedade privada dos meios de produção: o capitalismo.

E é a serviço do capital que as condições de vida no Haiti estavam já tão rebaixadas antes do terremoto, o que maximizou as conseqüências da catástrofe natural. E é a serviço do capital também que estão as tropas da ONU. Afinal, ao invés de os EUA enviarem mais 11 mil soldados armados ao Haiti para “fazer frente ao problema da violência” e “garantir um ambiente seguro”, não deveriam as tropas da ONU estar empenhadas em distribuir os mantimentos que chegam de outros países? E nas regiões onde o acesso é mais difícil, não deveriam os próprios soldados tomar a frente e abrir os armazéns onde há comida e distribuí-la aos sobreviventes?

O relato de um estudante brasileiro que estava no Haiti antes, durante e depois do terremoto, com um grupo de pesquisadores de antropologia da Universidade de Campinas (Unicamp), não poderia ser mais claro:

O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo o mundo?

A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, o Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.

Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.

Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.

A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.

A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.
(Haiti: “Estamos abandonados”, por Otávio Calegari Jorge)

Leia o artigo completo [clicando aqui]

sábado, 16 de janeiro de 2010

Em defesa da fábrica ocupada Flaskô

REUNIÃO URGENTE DO COMITÊ DE DEFESA DAS FÁBRICAS OCUPADAS E DA ARTE INDEPENDENTE


No dia 13/01/2009 realizou-se na cidade de Sumaré, o primeiro dos leilões do maquinário da Flaskô. Graças à organzação dos trabalhadores e suas constantes ações, não se apresentaram compradores. Mas ainda há mais leilões marcados para os dias 21, 27 e 28 de janeiro, mais 04 e 10 de fevereiro.

O Comitê de Defesa da Arte e das Fábricas Ocupadas convoca todos os interessados para reunião extraordinária, que se realizará no dia 16/01/2010, às 15:00 hs., no Espaço Cultural Pyndorama, que se localiza na Rua Turiaçu, nº 481, Perdizes, São Paulo (próximo à estação Barra Funda do metrô), pela pauta : Organização a defesa da Fábrica ocupada sob controle operário e ações contra os leilões das máquinas.

Quando? 16/01/2010, sábado, 15:00 hs.
Onde? Espaço Cultural Pyndorama
Rua Turiaçu, nº 481, Perdizes
Próximo a estação Barra Funda do Metrô

Pauta: Organização da defesa da fábrica ocupada sob controle operário.


CHEGA DE ATAQUES AOS TRABALHADORES !!
FÁBRICA QUEBRADA É FÁBRICA OCUPADA !!
PELA ESTATIZAÇÃO DA FLASKÔ, SOB CONTROLE OPERÁRIO.
JUIZ DEVE PROMOVER JUSTIÇA e NÃO DEFENDER INTERESSES do CAPITAL
.

Em defesa da fábrica ocupada Flaskô!

Haiti: - Estamos abandonados


A noite de ontem [12/01/2010] foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do lado de fora da casa onde estamos hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao redor e banhado por um estrelado e maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo este pequeno texto para alimentar a avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.

O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte terremoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e ocupações que sempre tentaram calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente por esta ousadia.

O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo?

A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã estivemos no BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas. Infelizmente isto é o melhor que podemos fazer a este país.

Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah quando precisamos dela?

Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros.

Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por sermos estrangeiros e brancos, também poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.

A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.

A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu papel – resguardar supermercados destruídos de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade na frente da humanidade.

Me incomoda a ânsia por tragédias da mídia brasileira e internacional. Acho louvável a postura de nossa fotógrafa de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e pessoas mortas. Acredito que nenhum de nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.

Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência do Haiti. Para nós, que estamos aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil de ser quebrada.

Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia também se atentem, antes tarde do que nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.

Por Otávio Calegari Jorge

Manifestações para Barrar o Aumento se repetem em SP

Cerca de mil manifestantes se concentraram nesta quinta-feira (14) em frente ao Teatro Municipal (centro) para protestar contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo (de R$ 2,30 para R$ 2,70).

O protesto rumou para a sede da prefeitura, no Vale do Anhangabaú. Neste momento, segundo a PM, pouco mais de 400 pessoas faziam parte do protesto. Lá, os jovens colocaram fogo em uma catraca e em um boneco que simbolizava o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

A passagem de ônibus municipal em São Paulo passou a custar R$ 2,70 e a integração com o metrô, R$ 4. A mudança foi efetuada no dia 4 deste mês. O aumento de 17,4% foi anunciado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) no dia 20 de dezembro de 2009.

Este é o primeiro reajuste desde novembro de 2006 e está acima da inflação de 15,9%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

A prefeitura informou que o reajuste segue a inflação acumulada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Outras justificativas para o aumento foram melhorias, como a ampliação do período de uso do bilhete de duas para três horas.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Manifestação contra o aumento da tarifa ocupa ruas de SP

ATO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM EM SÃO PAULO É REPRIMIDO PELA POLÍCIA

Na última quinta-feira, 07 de janeiro, realizou-se na cidade de São Paulo um ato contra o absurdo aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,30 para R$ 2,70. A concentração foi em frente ao Teatro Municipal e a manifestação seguiu até o Terminal de ônibus do Parque Dom Pedro, região central da cidade.

No total haviam cerca de 300 participantes, um número razoável diante da manobra do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em aplicar o aumento no primeiro dia útil do ano, em meio às férias, o que dificultou a mobilização principalmente dos estudantes. A Esquerda Marxista e a JR estavam presentes com faixas e distribuindo panfletos com uma declaração (clique aqui para ler).

Próximo ao terminal a polícial impediu que a manifestação prosseguisse, houve confronto. Com toda a truculência que os movimentos sociais já conhecem (vale lembrar da invasão do campus da USP pela polícia militar em 2009), a PM foi pra cima com cacetetes, gás de pimenta, bombas de gás e balas de borracha. Manifestantes foram presos. Essa é a verdadeira função desse aparato repressor do Estado, garantir os interesses da burguesia, seus lucros e a propriedade privada, atacando as ações dos trabalhadores e da juventude que contrariem a lógica capitalista.

Nova manifestação está marcada para o dia 14/01. É hora do povo tomar as ruas pra barrar esse aumento!

Fotos da manifestação contra o aumento na tarifa do transporte público (ônibus) em São Paulo capital. O ato ocorreu dia 08/01/2010. -> veja matéria