quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A EDUCAÇÃO ESTÁ DOENTE NO BRASIL



Alex Minoru

Há uma campanha para jogar a culpa pela má qualidade da educação nas costas dos professores.

Em todo o mundo trilhões de dólares saíram dos cofres públicos na tentativa de estancar a crise econômica. No Brasil, apesar de termos um presidente do Partido dos Trabalhadores, a receita seguida foi a mesma de Obama, Gordon Brown e de tantos outros governantes empenhados em salvar o capitalismo.
Estima-se que em nosso país, mais de 300 bilhões de reais já foram parar nas mãos de banqueiros, empresários e multinacionais. Essa conta precisa ser paga, e já está sendo paga pelos trabalhadores. A destinação de dinheiro público para os capitalistas significa diretamente cortes de verbas para educação, saúde, moradia, cultura, etc. Cortes naquilo que os trabalhadores conseguiram arrancar do Estado com sua luta.

Façamos os cálculos: em pouco mais de um ano já foram destinados aos capitalistas, no Brasil, mais de 300 bilhões de reais, enquanto o orçamento previsto para a educação em 2009 é de 41,5 bilhões e o da saúde 59,5 bilhões. Educação e Saúde juntas somam menos de um terço do que foi dado para a burguesia! Os fatos demonstram que a velha desculpa de que não existe dinheiro para investir em saúde e educação é uma grande mentira.

Analfabetismo

O analfabetismo no Brasil continua alto, o IBGE calcula a taxa de analfabetismo e constata que 9,8% da população com mais de 15 anos é analfabeta (dados de 2008), em 2007 a taxa era de 9,9%, uma diminuição insignificante. Em números absolutos o total de analfabetos aumentou de 14,14 milhões para 14,25 milhões de adultos entre 2007 e 2008. A região nordeste é a que mais sofre com o problema, taxa de 19,4%.

Os analfabetos funcionais - segundo os critérios do IBGE, pessoas com mais de 15 anos de idade e menos de 4 anos de estudos completos - chegam a 21% da população no Brasil.

Dinheiro, muito dinheiro para os banqueiros e migalhas para a educação - esse é o resultado. A Venezuela, um país mais pobre que o Brasil, conseguiu erradicar o analfabetismo em 2005. A Bolívia, um país muito mais pobre que o Brasil, anunciou em 2008 que está livre do analfabetismo.

Os profissionais da educação estão adoecendo

Os profissionais da educação sofrem em todo o Brasil com os baixos salários, uma jornada excessiva, e ausência de estrutura para que possam desenvolver um bom trabalho.

São inúmeros os casos na categoria de depressão, pânico, problemas nas cordas vocais, LER (Lesão por Esforço Repetitivo), etc. Os professores, peça fundamental para a qualidade da educação, a cada dia estão mais doentes.

Os governos e a imprensa, de uma forma cruel, fazem uma campanha para jogar a culpa pela má qualidade da educação pública nas costas dos professores.

O governo Lula, ao invés de ir contra essa lógica e defender os trabalhadores da educação, institui em 2008 um Piso Salarial Nacional do Magistério de R$ 950,00 para uma jornada de 40 horas semanais. Um valor que não contribui em nada para a valorização do educador (veja mais sobre o Piso na edição 26 do Jornal Luta de Classes).

Lutar por mais verbas para a educação

Sem um investimento maciço do Estado na educação, o sucateamento que aflige todo o sistema público de ensino vai se aprofundar. Isso só favorece os donos de escolas particulares, que teriam seus lucros fortemente reduzidos se a educação pública fosse de qualidade.

O FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) apresenta-se como um formato insuficiente para garantir as verbas necessárias à educação. Ao vincular
a receita do Fundo a porcentagens de arrecadação de impostos de municípios e estados, fica sujeito às flutuações da economia. A crise econômica, por exemplo, provocou um corte de 10% no valor previsto para o Fundo. Além dos cortes já impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Hoje o Brasil investe, no total, 4,6% do PIB em educação, a própria UNESCO recomenda ao país que invista 8% do PIB neste setor. Um bom passo adiante seria o que alguns sindicatos e parlamentares defendem: os 10% do PIB para a educação, o que teria significado 290 bilhões de reais em 2009.

Mas para virar o jogo, é preciso que o governo rompa com a burguesia e seus partidos, apóie-se no povo para atender as nossas reivindicações. Essa é a nossa luta para a educação pública viver dias mais felizes.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Download Príncipios do Comunismo


Príncipios Básicos do Comunismo


Primeira Edição: Escrito em fins de Outubro e Novembro de 1847. Publicado pela primeira vez em edição separada em 1914. Publicado segundo o manuscrito.
Fonte: Obras Escolhidas em três tomos, Editorial "Avante!"
Tradução: José BARATA-MOURA ( Traduzido do alemão.)
Transcrição: José Braz e Maria de Jesus Coutinho.
HTML: Fernando A. S. Araújo, janeiro 2006.
Direitos de Reprodução: © Direitos de tradução em língua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" – Edições Progresso Lisboa – Moscovo, 1982.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Manifestação nas ruas de São Paulo contra o aumento da passagem de ônibus


João Westin

   A Juventude Revolução, organização de jovens da Esquerda Marxista, se junta a Rede Contra o Aumento da Tarifa que se articula na capital para barrar o reajuste do transporte público. Ato ocorreu no dia 26/11 no centro da cidade.

   Depois de eleito com a promessa de não aumentar a tarifa do ônibus durante um ano em São Paulo, Gilberto Kassab (eleito pelo DEMO, com apoio do PMDB, PSDB, PV, PR, PPS...) tem declarado à imprensa que é "inevitável” que haja um aumento no valor das passagens de ônibus no começo de 2010. O valor atual é de R$ 2,30 e a previsão de aumento que vem sendo debatido pelo prefeito com as empresas é de chegar a um aumento que gira entre R$ 2,50 a R$ 2,80.

   O ponto de encontro foi em frente ao Teatro Municipal, com muita animação e intervenções artísticas, com mais de 150 manifestantes, a passeata saiu às ruas do centro panfletando, passando em frente a Prefeitura aos gritos e batuques “dança Kassab, dança até o chão, aqui é o movimento contra o aumento do busão”, “se a tarifa aumentar olé olé olá, a cidade vai parar”, entre outros. A manifestação passou pelo Largo São Francisco, pela Praça da Sé, Praça João Mendes e terminou no Terminal de Ônibus do Parque Dom Pedro II.

   Para Abdeir Joia, estudante da USP e diretor do CAF, “Esse é um primeiro momento das mobilizações, as iniciativas são muito bem vindas, mas precisamos nesse momento ampliar, precisamos ir para as escolas secundaristas, levar a discussão para as universidades, é preciso ampliar a Rede contra o Aumento da Tarifa, com as entidades estudantis, com a UNE, UBES, UMES, UPES, UEE-SP, com os DCEs, CA’s, DA’s, com os sindicatos, com a CUT e todas as organizações que estão juntos aos trabalhadores e juventude, pois somente com mobilização e organização poderemos derrubar o aumento”

   A Juventude Revolução participou do ato com faixas e cartazes colocando também como eixo central a luta pelo passe livre.

   Para Marcos, estudante secundarista, “é importante colocar a discussão pelo passe livre, hoje temos cidades como Cuiabá, Rio de Janeiro e Campo Grande, que as lutas conquistaram para os estudantes o passe livre estudantil. Lutamos por uma educação pública, gratuita e de qualidade, como lutamos para que o acesso a essa educação seja pública, gratuita e de qualidade. E estamos em um momento importante, em que temos que colocar para o conjunto dos estudantes e da população paulistana a bandeira do passe livre para os estudantes. As empresas de ônibus ganham milhões, rios de dinheiro, ou seja, dinheiro tem para o passe livre, e além disso a população tem que se subtemeter a tarifas altas, ônibus lotados...”

   A Juventude Revolução, estará presentes nas próximas atividades contra o aumento da tarifa do ônibus , acompanhe em nosso site as atividades.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Juventude e o trabalho precoce

  Hoje em dia vemos adolescentes cada vez mais jovens em busca de emprego, logo aos seus 14, 15 anos de idade os jovens já pensam em procurar trabalho.

  Os jovens que trabalham dedicam grande parte do seu tempo a esta função. Tem claramente os seus estudos prejudicados, pois tem dificuldades de achar tempo para fazer os trabalhos escolares e estudar para as provas. É o caso de Maico da Silva Paixão, estudante da escola Juracy Browsing : “Com certeza fica difícil se concentrar nos estudos quando se trabalha o dia inteiro e tem que estudar á noite já cansado” diz Maico.

  Maico está certo, a realidade dele não é diferente da maioria dos estudantes que trabalham. Vejam o que diz Alexssandro R. Vanin, estudante da escola Dr. Tufi Dippe, em Joinville/SC: “Além de ter os estudos prejudicados também perdemos grande parte do nosso tempo que poderíamos gastar na nossa formação e lazer.”

É CLARO QUE TRABALHAR TÃO CEDO NÃO É MUITO SAUDÁVEL, MAIS PORQUE ESSES JOVENS TÊM QUE TRABALHAR?

  A maioria deles são filhos de trabalhadores explorados pelos patrões e pelo sistema capitalista, esses trabalhadores nem sempre dão conta de sustentar sozinhos suas famílias então tem de pedir ajuda aos seus filhos. Esta é uma das causas, mas também há o desejo do jovem de ter dinheiro para ir ao cinema, para comprar os vários produtos disponíveis no mercado, enfim, para ter acesso ao lazer e a cultura, estes dois que são de responsabilidade do governo que tem de garantir que os jovens tenham uma vida digna, mas não o faz.

  Os filhos dos ricos, dos patrões, não precisam trabalhar logo na adolescência, os seus pais garantem que eles tenham um ensino de qualidade numa escola particular e que possam comprar todos os direitos que o governo não garante. Ainda mais agora na hora em que o governo dá bilhões para salvar os patrões da crise e de ficarem um pouco menos ricos.

  Já os filhos de trabalhadores: “Trabalho de segunda á sexta das 13 h até as 19 h e de sabádo das 7h até as 13h, na semana estudo das 7:20h até as 11:30 h, não tenho tempo para nada!” Alexssandro Vanin.

DE QUEM É A CULPA POR ESTA SITUAÇÃO?

  Em primeiro lugar é do sistema capitalista, baseado na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro. Sociedade que é a raiz das diferenças de classes e da pobreza.

  Em segundo é do governo que não investe na educação e não garante um futuro para a juventude.

  Precisamos unir a juventude na luta por uma sociedade mais justa e por uma educação de qualidade. A única saída é o socialismo, sociedade baseada na propriedade coletiva e na igualdade.

Iago Paqui- Vice-presidente da Ujes (União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas) e militante da Esquerda Marxista

A Juventude e o trabalho precoce

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ato em SP contra o aumento da tarifa


   Vídeo da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (ônibus) em São Paulo. Organizado pela 'Rede Contra o Aumento' o ato ocorreu dia 26/11/2009 e percorreu o centro de São Paulo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ato panfletagem contra a extradição de Césare Battisti

 Dia 10 de dezembro na Praça da Bandeira, Joinville, foi realizado um ato em solidariedade a Césare Battisti, acusado de diversos crimes na Itália- onde Battisti foi julgado como preso comum e condenado a prisão perpétua sem provas, apenas por testemunhos-, e contra a extradição do italiano a seu país de origem, onde os famigerados governantes da direita do calibre de Silvio Berlisconi exigem sua extradição, que recentemente o Superior Tribunal Federal aprovou. Mas a decisão dinal está nas mãos do presidente Lula, e ainda não foi tomada.
 
 No ato foram distribuídos panfletos às pessoas que pela praça passavam e uma banca foi formada com materiais sobre Césare. Foi convocado um debate sobre a criminalização dos movimentos sociais que ocorrerá neste dia 12 de dezembro às 16 horas no Centro de Direitos Humanos/Joinville.

 É papel da Juventude Revolução como de qualquer comunista é o de defender e  participar dos eventos que defendam a classe trabalhadora e militantes da classe trabalhadora, indepêndente da sua origem ou nacionalidade, como já disse Karl Marx "os proletários não tem pátria". Extraditar Cesare Battisti, que recebeu status de refugiado político do governo brasileiro em 2007, é abrir um precedente favorável a criminalização dos movimentos sociais e um retrocesso aos direitos constituídos.

 Cesare foi julgado pelo governo italiano, de extrema direita, que o fez baseado em testemunos - através do sistema de delação premiada, no qual antigos guerrilheiros, após tortura físisca e psicológica, recebiam a chance de saírem livres ao incriminarem seus antigos companheiros-, julgando-o como um criminoso comum, logo comunista não é político. Os governos de diversos países já montaram listas de refúgiados que pretendem exigir caso Cesare seja entregue ao governo da Itália. 

 Nas palavras do comitê nacional de solidariedade a Cesare Battisti :

 "Exigir a liberdade de Cesare Battisti, além de um ato de justiça e humanitário, é imprescindível como forma de manter liberdades políticas e direitos humanos, tão caros a muitas gerações. Estamos todos sendo atacados.

Calar ante isso é ser cúmplice."

Acompanhe em Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti

Debate sobre criminalização: 12 de dezembro. Ás 16 horas

CDH/Joinville: Centro de Direitos Humanos de Joinville “Maria Graça Braz” (RUA DOUTOR PLÁCIDO OLÍMPIO DE OLIVEIRA, 660 - BUCAREIN CEP: 89202450 - JOINVILLE – SC).

A organização do debate está acontecendo via Comitê de Apoio aos Movimentos Sociais, composto por movimentos sociais, organizações políticas, entidades de classes e movimentos populares. O objetivo é criar uma unidade entre os setores das lutas sociais anti-capitalista da cidade, buscando informar e propagandear luta por plena liberdade de organização e luta política.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

AHMADINEJAD, PERES E OBAMA: CADA UM NA SUA, MAS COM ALGUMA COISA EM COMUM



Fabiano Stoiev 


Qual a posição dos marxistas diante da visita de Ahmadinejad ao Brasil em meio a protestos e tensão na imprensa burguesa?


   A passagem do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad pelo Brasil no último dia 23 foi acompanhada por protestos em algumas capitais do país. O que chamava a atenção era a diversidade dos manifestantes, com grupos de defesa dos direitos humanos, militantes GLBTs, sionistas e outros grupos religiosos. A imprensa deu destaque ao evento e aos críticos do atual regime iraniano.

  A revista britânica The Economist, em matéria do dia 26/11/2009, resumiu bem as preocupações do imperialismo com o tour de Ahmadinejad pela América Latina. O presidente iraniano estaria promovendo sua imagem em países como Venezuela, Equador e Bolívia no momento em que “ele não é bem-vindo em muitos países e enfrenta pressão em casa por conta de sua disputada reeleição”. A revista aproveita e manda um recado: 

   “a receptividade ao ‘polêmico’ líder iraniano põe em risco as pretensões do Brasil em ocupar um    espaço mais destacado na política mundial, ao legitimar um governo que desrespeita os direitos    humanos e prende políticos da oposição”. 

  A hipocrisia da grande mídia não encontra limites. De fato, há sérias suspeitas de fraude na última eleição presidencial do Irã. Os protestos foram duramente reprimidos, com um saldo de 72 mortes e mais de 4 mil manifestantes presos. Mas os números do presidente de Israel, Shimon Peres, que visitou o Brasil duas semanas antes, são bem mais impressionantes. Em 2008, os ataques à Faixa de Gaza custaram a vida de 1400 palestinos, entre os quais, 300 crianças.

   Só que nenhum grande meio de comunicação lembrou-se de tratar o presidente israelense como “assassino”. O que dizer então do presidente Obama, que ganhou o Nobel da Paz por enviar ainda mais soldados para o Afeganistão?

  Os conflitos com o imperialismo estadunidense fazem com que partidos e militantes de esquerda tenham uma postura condescendente ou de simpatia com o regime dos aiatolás. Evidentemente, como marxistas, devemos defender o Irã de um ataque imperialista. O que não significa considerar o governo desse país um aliado do movimento operário.

  Ele é o contrário disso. A revolução iraniana de 1979 que derrubou a ditadura do Xá Reza Pahlavi foi um movimento de massas, com ocupação de fábricas e de terras, com greves gerais e formação de conselhos (as shuras) de operários, soldados e estudantes. Mas a ascensão do fundamentalismo islâmico, entre 79 e 83, se fez como uma reação às conquistas mais profundas da revolução. Cerca de 30 mil militantes de esquerda foram presos ou assassinados pelos fundamentalistas. 30 anos depois, a desigualdade social avança no Irã.

  Não se pode imaginar que os milhões que saíram em protestos nas ruas de Teerã esse ano, nas maiores mobilizações de massas desde a Revolução de 79, façam parte de uma pequena burguesia iraniana pró-ocidente, influenciada pelas agências de inteligência imperialistas, como acusam os aiatolás. Esse ponto de vista subestima a ação independente da classe trabalhadora daquele país.

  As massas em Teerã eram compostas por trabalhadores e jovens que, para além da questão da fraude eleitoral, saíram às ruas para lutar contra a opressão das minorias nacionais curdas e árabes, e das mulheres; pelo reconhecimento dos direitos sindicais de greve, de mobilização e de organização; e de pão, trabalho, saúde e educação para todos.

  Obama, Ahmadinejad, Peres. Não importa se vestidos com ternos, batinas ou turbantes, aqueles que se dedicam a imolar a classe trabalhadora no altar do capitalismo serão sempre os nossos inimigos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Reformismo ou Revolução


SINOPSE:
As declarações de Hugo Chávez a favor do socialismo provocaram um debate importante na Venezuela e internacionalmente. O colapso da União Soviética e a contra-ofensiva ideológica da burguesia contra o socialismo têm levado alguns a concluir que as “velhas” idéias do marxismo já não são válidas, que é necessário inventar uma teoria completamente nova e original do socialismo do século XXI. Isso é o que pensa ter feito Heinz Dieterich. Reformismo ou Revolução é a reafirmação das idéias fundamentais do socialismo científico e uma contestação oportuna das atuais tentativas dos revisionistas de “melhorá-lo” convertendo-o em seu contrário. É leitura obrigatória para todos aqueles que desejam compreender o marxismo e sua relevância para o mundo em que vivemos.

Adquira o seu com os militantes da Esquerda Marxista ou através da internet:

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

VITORIOSO SEMINÁRIO NA FLASKÔ FECHA O ANO COM CHAVE DE OURO

Jornal Luta de Classes 



 
 
   Editorial da edição nº 27 do Jornal Luta de Classes.
 

   Realizou-se na Flaskô, no último dia 28 de Novembro, com 150 participantes, o Seminário em Defesa da Estatização da Fábrica Ocupada pelos Trabalhadores, em Defesa da Re-estatização da Embraer, da Cia. Vale do Rio Doce, das Ferrovias e pelo Monopólio Estatal da Petrobrás, do petróleo, do gás e de todo o Pré-Sal, em defesa dos Empregos.

   O Seminário foi aberto perto das 10 horas da manhã no espaço esportivo da Fábrica de Cultura e Esportes da Flaskô, onde a Associação Dib ensina suas múltiplas atividades esportivas e educacionais, voltadas para os moradores de Sumaré e região.

   A composição da mesa por si só indicava a magnitude do Seminário, que, realizando a Frente Única Operária pode dar os passos necessários para avançar nas lutas em torno das quais o Seminário foi organizado.

   O conjunto das entidades e personalidades ali presentes demonstra a força de atração da luta da Flaskô e a magnitude do Seminário. Basta verificar a mesa do seminário listada abaixo e constatamos o largo espectro de unidade conseguida:


  • Serge Goulart, Coordenador Nacional do Movimento das Fábricas Ocupadas/Brasil;

  • Pedro Santinho, Coordenador do Conselho Operário da Fábrica Ocupada Flaskô;

  • Sergio Novaes, representando a CNQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT)

  • Faustão, pela Direção Nacional da CUT;

  • Herbert, Vice-Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos / Conlutas;

  • Renato Simões, da Secretaria Nacional de Movimentos Sociais do PT;

  • Cynthia Pinto, da Coordenação do MNDH (Movimento Nacional dos Direitos Humanos);

  • Marcela Moreira, do Diretório Estadual do PSOL de SP e do Instituto Cultural Voz Ativa;

  • Emanuel Cancella, Secretário Geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e da FNP;

  • Danilo Ferreira, da direção do Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo;

  • Adel Daher Filho, da direção do Sindicato dos Ferroviários de Bauru, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul;

  • Alexandre Mandl, Advogado do Movimento das Fábricas Ocupadas;

  • Sebastião, pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.

   No plenário estavam presentes dezenas de jovens vindos de diferentes Universidades. A Juventude Revolução da Esquerda Marxista, o DCE e alguns Centros Acadêmicos da Unicamp, o ITCP, o CA da Filosofia da USP, UMES de São Bernardo do Campo, Movimento 27 de Março (trabalhadores da cultura), UEE-SP, movimentos de cooperativados, o vereador Dito Lustosa (PcdoB de Sumaré), além de moradores da Vila Operária e um representativo grupo de trabalhadores da Flaskô.


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PARTIDO COMUNISTA DO NEPAL RECONHECE O LEGADO DE LEON TROTSKY



Pablo Sanchez e Kamred Hulaki 

   O jornal do Partido Comunista do Nepal, publicou um texto de Baburan Bhattarai, em que afirma que ‘o Trotskysmo se tornou mais relevante que o Stalinismo’!

   O The Red Spark [Raato Jhilko], jornal do Partido Comunista do Nepal, publicou um texto de Baburan Bhattarai, em que afirma que “o Trotskysmo se tornou mais relevante que o Stalinismo para avançar a causa do proletariado”. Isto é o resultado da experiência histórica concreta que revelou a real essência do Stalinismo e reivindica as idéias de Leon Trotsky, no caso do Nepal, em particular a teoria da Revolução Permanente.

   Bhattarai, 55 anos, é um membro do birô político da principal organização Maoísta do Nepal. Ele foi Ministro das Finanças em Agosto de 2008 durante a participação dos Maoístas no governo de coalizão que posteriormente eles abandonaram. Enquanto o Partido Comunista do Nepal advogava as idéias de Mao e Stalin, isto foi o que ele escreveu: “Hoje, a globalização do capitalismo imperialista aumentou em muitas vezes se comparado com o período da Revolução de Outubro. O desenvolvimento da tecnologia da informação converteu o mundo em uma aldeia global. Entretanto pela desigualdade e o extremo desenvolvimento inerente no imperialismo capitalista isto criou iniquidade entre as diferentes nações. Neste contexto, ainda há (alguma) possibilidade de revolução em um só país, semelhante à Revolução de Outubro; entretanto, em ordem para sustentar a revolução, nós definitivamente precisamos de uma global ou ao menos regional onda de revolução em uma porção de países. Neste contexto, os revolucionários marxistas devem reconhecer o fato de que no contexto atual, o Trotskismo se tornou mais relevante que o Stalinismo para avançar a causa do proletariado”. (The Red Spark, Julho de 2009, Volume 1, Pág. 10, nossa tradução da língua nepalesa) Até agora, para os maoístas nepaleses, a verdade sobre a vida e a contribuição do camarada Leon Trotsky foi escondida, e isto também se aplica a seus quadros. Agora que o caminho do stalinismo e do maoísmo está chegando ao fim, e os quadros partidários estão demandando explicações de seus líderes, os últimos estão sendo forçados a falar a verdade sobre a Revolução Bolchevique em geral e sobre Leon Trotsky em particular. Este reconhecimento é também uma indicação do fato de que os maoístas estão tentando elaborar um balanço de suas décadas de campanha.

   Uma das maiores diferenças entre Stalin e Trotsky foi a questão do “socialismo em um só país”. Em 1904, Trotsky desenvolveu a idéia de que a Revolução Russa contra o regime czarista, não poderia parar nas tarefas imediatas da revolução “burguesa-democrática” (reforma agrária, democracia parlamentar, direitos das minorias nacionais, etc.). Em outras palavras, a Revolução Russa não poderia parar no estabelecimento de um regime democrático burguês. Certamente, Trotsky explicou que pela fraqueza da burguesia russa e sua dependência em relação ao czar, o papel de liderança na revolução recairia necessariamente à classe trabalhadora. O subdesenvolvimento da economia russa não poderia prevenir a classe trabalhadora de chegar ao poder e então iniciar uma transformação socialista da sociedade. Mas ao mesmo tempo, Trotsky explicou que seria impossível estabelecer um regime socialista viável sem a extensão da revolução aos demais países em um tempo relativamente curto. Esta perspectiva entrou para a história do marxismo como a “Teoria da Revolução Permanente”.

   Após a morte de Lenin, em 1924, Stalin e outros líderes do Partido Bolchevique atacaram a Teoria da Revolução Permanente, que foi oposta à teoria do “socialismo em um só país”. De acordo com esta teoria, era possível construir o socialismo na Rússia, indiferente ao contexto internacional. O prospecto da “revolução mundial” foi abandonado. Esta teoria refletiu o nacionalismo, a degeneração burocrática do regime soviético, dado prolongado isolamento da revolução russa e o atraso econômico e cultural do país.

   Bhattarai está, entretanto, errado em um ponto. Em 1917, nem Lenin nem Trotsky, nem qualquer outra liderança do partido Bolchevique (nem o próprio Stalin) considerou que a revolução poderia ser confinada a um país. Ninguém sequer mencionou esta idéia antes disto se tornar o lema de Stalin de 1924 adiante. Mas apesar deste erro factual de Bhattarai, o fato que o líder sênior de um partido tradicionalmente “stalinista” reconhecer a validade das idéias de Trotsky é um desenvolvimento importante. Isto irá estimular uma útil discussão dentro do movimento comunista sobre as raízes históricas do stalinismo e as idéias do marxismo genuíno.

   Agora no Nepal está crescendo o interesse pela Teoria da Revolução Permanente. O fato de um líder maoísta reconhecer que “no contexto atual da dominação capitalista globalizada, o Trotskismo se tornou mais relevante que o Stalinismo” é um desenvolvimento extremamente interessante. Com este debate aqui é, também, um claro passo construindo ligações com outros movimentos e organizações que desafiam o capitalismo globalmente. Isto é de fato o dever dos marxistas em todos os lugares, debater e discutir as táticas e estratégias corretas para a revolução internacionalmente.

   Nesse sentido, nós damos boas vindas ao texto de Bhattarai e desejamos contribuir para as discussões junto aos comunistas nepaleses. A luta pelo socialismo é uma luta internacional, e a vitória dos comunistas nepaleses deverá ser a vitória dos trabalhadores de todo o subcontinente do Sul da Ásia, e também do mundo.


Pablo Sanchez e Kamred Hulaki 


O jornal do Partido Comunista do Nepal, publicou um texto de Baburan Bhattarai, em que afirma que ‘o Trotskysmo se tornou m
texto de Baburan Bhattarai, em que afirma que “o Trotskysmo se tornou mais relevante que o Stalinismo para avançar a causa do proletariado”. Isto é o resultado da experiência histórica concreta que revelou a real essência do Stalinismo e reivindica as idéias de Leon Trotsky, no caso do Nepal, em particular a teoria da Revolução Permanente.

Bhattarai, 55 anos, é um membro do birô político da principal organização Maoísta do Nepal. Ele foi Ministro das Finanças em Agosto de 2008 durante a participação dos Maoístas no governo de coalizão que posteriormente eles abandonaram. Enquanto o Partido Comunista do Nepal advogava as idéias de Mao e Stalin, isto foi o que ele escreveu:

“Hoje, a globalização do capitalismo imperialista aumentou em muitas vezes se comparado com o período da Revolução de Outubro. O desenvolvimento da tecnologia da informação converteu o mundo em uma aldeia global. Entretanto pela desigualdade e o extremo desenvolvimento inerente no imperialismo capitalista isto criou iniquidade entre as diferentes nações. Neste contexto, ainda há (alguma) possibilidade de revolução em um só país, semelhante à Revolução de Outubro; entretanto, em ordem para sustentar a revolução, nós definitivamente precisamos de uma global ou ao menos regional onda de revolução em uma porção de países. Neste contexto, os revolucionários marxistas devem reconhecer o fato de que no contexto atual, o Trotskismo se tornou mais relevante que o Stalinismo para avançar a causa do proletariado”. (The Red Spark, Julho de 2009, Volume 1, Pág. 10, nossa tradução da língua nepalesa)

Até agora, para os maoístas nepaleses, a verdade sobre a vida e a contribuição do camarada Leon Trotsky foi escondida, e isto também se aplica a seus quadros. Agora que o caminho do stalinismo e do maoísmo está chegando ao fim, e os quadros partidários estão demandando explicações de seus líderes, os últimos estão sendo forçados a falar a verdade sobre a Revolução Bolchevique em geral e sobre Leon Trotsky em particular. Este reconhecimento é também uma indicação do fato de que os maoístas estão tentando elaborar um balanço de suas décadas de campanha.

Uma das maiores diferenças entre Stalin e Trotsky foi a questão do “socialismo em um só país”. Em 1904, Trotsky desenvolveu a idéia de que a Revolução Russa contra o regime czarista, não poderia parar nas tarefas imediatas da revolução “burguesa-democrática” (reforma agrária, democracia parlamentar, direitos das minorias nacionais, etc.). Em outras palavras, a Revolução Russa não poderia parar no estabelecimento de um regime democrático burguês. Certamente, Trotsky explicou que pela fraqueza da burguesia russa e sua dependência em relação ao czar, o papel de liderança na revolução recairia necessariamente à classe trabalhadora. O subdesenvolvimento da economia russa não poderia prevenir a classe trabalhadora de chegar ao poder e então iniciar uma transformação socialista da sociedade. Mas ao mesmo tempo, Trotsky explicou que seria impossível estabelecer um regime socialista viável sem a extensão da revolução aos demais países em um tempo relativamente curto. Esta perspectiva entrou para a história do marxismo como a “Teoria da Revolução Permanente”.

Após a morte de Lenin, em 1924, Stalin e outros líderes do Partido Bolchevique atacaram a Teoria da Revolução Permanente, que foi oposta à teoria do “socialismo em um só país”. De acordo com esta teoria, era possível construir o socialismo na Rússia, indiferente ao contexto internacional. O prospecto da “revolução mundial” foi abandonado. Esta teoria refletiu o nacionalismo, a degeneração burocrática do regime soviético, dado prolongado isolamento da revolução russa e o atraso econômico e cultural do país.

Bhattarai está, entretanto, errado em um ponto. Em 1917, nem Lenin nem Trotsky, nem qualquer outra liderança do partido Bolchevique (nem o próprio Stalin) considerou que a revolução poderia ser confinada a um país. Ninguém sequer mencionou esta idéia antes disto se tornar o lema de Stalin de 1924 adiante. Mas apesar deste erro factual de Bhattarai, o fato que o líder sênior de um partido tradicionalmente “stalinista” reconhecer a validade das idéias de Trotsky é um desenvolvimento importante. Isto irá estimular uma útil discussão dentro do movimento comunista sobre as raízes históricas do stalinismo e as idéias do marxismo genuíno.

Agora no Nepal está crescendo o interesse pela Teoria da Revolução Permanente. O fato de um líder maoísta reconhecer que “no contexto atual da dominação capitalista globalizada, o Trotskismo se tornou mais relevante que o Stalinismo” é um desenvolvimento extremamente interessante. Com este debate aqui é, também, um claro passo construindo ligações com outros movimentos e organizações que desafiam o capitalismo globalmente. Isto é de fato o dever dos marxistas em todos os lugares, debater e discutir as táticas e estratégias corretas para a revolução internacionalmente.

Nesse sentido, nós damos boas vindas ao texto de Bhattarai e desejamos contribuir para as discussões junto aos comunistas nepaleses. A luta pelo socialismo é uma luta internacional, e a vitória dos comunistas nepaleses deverá ser a vitória dos trabalhadores de todo o subcontinente do Sul da Ásia, e também do mundo.

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Príncipios Básicos do Comunismo

Autor: Friedrich Engels

Primeira Edição: Escrito em fins de Outubro e Novembro de 1847. Publicado pela primeira vez em edição separada em 1914. Publicado segundo o manuscrito.

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O Manifesto do Partido Comunista

Autor: Karl Marx e Friedrich Engels:

Escrito:1848;
Publicado:1848;
Nota: Publicado pela primeira vez em 21 de Fevereiro de 1848, é históricamente um dos tratados políticos de maior influência mundial.

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